
A Tempo e Horas
Estamos de acordo quanto à importância que o Desporto Escolar (DE) desempenha na formação desportiva das nossas crianças e jovens. Muito se tem escrito e falado, criticando o que se passa nesta importante área das nossas escolas. A verdade é que já chegou a todas as escolas a orientação quanto ao modo como se deve encarar e organizar o DE. Sabe-se com aquilo que se pode contar. Sabemos como organizar a escola para poder colher o máximo de alunos nas actividades que irão ser apoiadas. Sabe-se os quadros competitivos de nível nacional e aqueles que terão expressão local. É bom poder-se organizar as coisas antes da partida para férias. Mas a verdade é que não há bela sem senão. Lamenta-se que o actual regulamento não tenha clarificado o peso dos atletas federados na constituição das equipas que representam a escola, Que não se tenha limitado o número de federados a estarem em campo nos desportos colectivos, ou definir os que podem representar a escola nas modalidades individuais. Teria sido um passo para a defesa da verdade competitiva no âmbito do DE.
Mas temos de registar, como muito positiva, a medida de punir quem coloca a competir alunos que não treinam com as equipas na escola. Era bem conhecido o facto de muitos atletas, de bom nível, no mundo do desporto federado serem efectivos nas equipas sem nunca participarem nos treinos escolares marginalizando-se os alunos que treinando todos os dias na escola, nunca tenham acesso á equipa representativa da escola. Acabar com as vitórias a qualquer preço é uma tarefa fundamental dos responsáveis do DE. A criação das oportunidades de formação dos alunos só poderá ocorrer se forem criadas e defendidas todas as oportunidades de pratica. Defender como prioritárias as actividades que ocorrem dentro das paredes da escola é um importante passo para o progresso do DE. Defender o princípio que a adesão aos quadros competitivos externos, deve ser uma consequência do trabalho desenvolvido nas actividades internas, é o caminho que levará muitos jovens a aprenderem a treinar e depois competir. Com um programa apresentado a tempo e horas o caminho só pode ser o da construção de sucesso desportivo e isso dentro e fora da escola.
Estamos de acordo quanto à importância que o Desporto Escolar (DE) desempenha na formação desportiva das nossas crianças e jovens. Muito se tem escrito e falado, criticando o que se passa nesta importante área das nossas escolas. A verdade é que já chegou a todas as escolas a orientação quanto ao modo como se deve encarar e organizar o DE. Sabe-se com aquilo que se pode contar. Sabemos como organizar a escola para poder colher o máximo de alunos nas actividades que irão ser apoiadas. Sabe-se os quadros competitivos de nível nacional e aqueles que terão expressão local. É bom poder-se organizar as coisas antes da partida para férias. Mas a verdade é que não há bela sem senão. Lamenta-se que o actual regulamento não tenha clarificado o peso dos atletas federados na constituição das equipas que representam a escola, Que não se tenha limitado o número de federados a estarem em campo nos desportos colectivos, ou definir os que podem representar a escola nas modalidades individuais. Teria sido um passo para a defesa da verdade competitiva no âmbito do DE.
Mas temos de registar, como muito positiva, a medida de punir quem coloca a competir alunos que não treinam com as equipas na escola. Era bem conhecido o facto de muitos atletas, de bom nível, no mundo do desporto federado serem efectivos nas equipas sem nunca participarem nos treinos escolares marginalizando-se os alunos que treinando todos os dias na escola, nunca tenham acesso á equipa representativa da escola. Acabar com as vitórias a qualquer preço é uma tarefa fundamental dos responsáveis do DE. A criação das oportunidades de formação dos alunos só poderá ocorrer se forem criadas e defendidas todas as oportunidades de pratica. Defender como prioritárias as actividades que ocorrem dentro das paredes da escola é um importante passo para o progresso do DE. Defender o princípio que a adesão aos quadros competitivos externos, deve ser uma consequência do trabalho desenvolvido nas actividades internas, é o caminho que levará muitos jovens a aprenderem a treinar e depois competir. Com um programa apresentado a tempo e horas o caminho só pode ser o da construção de sucesso desportivo e isso dentro e fora da escola.
4 comentários:
Continuo a defender que um aluno duma escola deve ter sempre a possibilidade de participar nos torneios escolares, independentemente de também ser um atleta federado na mesma modalidade.
Considero também que um atleta federado tem mais possibilidades de apresentar um nível superior aos outros que não são federados.
Igualmente um aluno de matemática que tem explicações fora da escola também logicamente se apresentará aos exames em condições superiores a outro que não tem essas explicações.
Agora o que poderá haver são regras internas, comuns a todas as escolas, onde para entrar em provas do DE terão de frequentar as aulas ou treinos específicos, e aí quaisquer alunos, sejam federados ou não, poderão ter de participar.
Esse controlo rígido de presenças será decerto mais um trabalho que os professores responsáveis terão de efectuar e fazer cumprir, o que se calhar nem todos estarão nessa disposição e é por isso que não se regulamenta uma situação que é por demais evidente.
José Bento
Sou atleta desta grande modalidade já alguns anos e consegui alguns titulos.
Tenho uma opinião muita propria sobre este assunto.
Um atleta federado deve sim ajudar ao professor da escola, se este quiser como é obvio, dado que é muito raro o professor ter grande conhecimento da realidade do Badminton e ate mesmo conhecimento da modalidade a nível tecnico.
Mas como é obvio não concordo que um atleta federado faça as competições normais do D.E tendo em vista que um jogador federado treina num clube, e treina a especificamente a modalidade e tenta se aperfeiçoar ao máximo no clube tendo o D.E outros objectivos sem ser esses.
Concordo que se o atleta ter disponiblidade deva de aparecer no D.E para dar competitividade aos treinos e dinamizar mesmo alguns treinos, alem de ser tambem muito agradado pelos seus colegas, tendo estes um maior exemplo para tudo o que eles treinam.
Nunca representei um D.E de escola alguma na modalidade de Badminton e acho incorrecto os jogadores que o fazem e tirem titulos aos outros que se dedicam na escola a modalidade.
É obvio que um jogador federado chega ao D.E e é um rei na materia, sendo isso inutil.
O D.E. pode desempenhar um papel muito importante na divulgação de modalidades como o badminton. Mas isso só acontecerá quando o nível de badminton praticado for bastante superior ao existente. Para isso é necessário trabalho, e que os professores que têm dificuldade de acesso a informação sobre a modalidade estejam dispostos a procurar ajuda e a tornar os torneios em algo competitivo, organizado.
Como atleta federada e já com alguma experiência a nível do D.E., acho que seria importante limitar o número de atletas federados por escola, para que possam ser dadas mais oportunidades ao atletas escolares, mas nunca proibir a entrada de federados, pois estes podem contribuir para o aumento de nível dos torneios devido as melhores condições de treino e competitividade.
É com pena que realço a falta de organização e de condições que existem no desporto escolar. Não me parece que atletas que ficam até às 11h da noite dentro do pavilhão, que dormem em colchões de ginástica e em saco cama, estejam em condições de disputar jogos de nível às 9h da manhã.
Defendo que a escola deve ser encarada a fonte de matéria-prima para o trabalho das federações e penso que a nossa federação deve continuar a dar passos decisivos no sentido de fazer aproximar o DE ao Desporto federado de forma a aumentar o numero de praticantes e a visibilidade da modalidade (que poderá trazer benefícios ao nível de apoios financeiros do Estado e de patrocinadores).
A divulgação e promoção do Badminton tem de ser feita junto das crianças nas aulas de EF e nos nucleos de DE e nada melhor que a competição para as motivar. É, portanto,de louvar esta recente medida de organização de torneios de divulgação pois permite um maior acesso de alunos à competição. No entanto, esta acção não deve ficar por aqui, pois estes torneios apenas se destinam a alunos de DE que de alguma forma já estão motivados e envolvidos na pratica do Badminton nos seus respectivos nucleos. Cabe à FPB o dever de divulgar, captar e canalizar alunos para os clubes locais e não deixar essa tarefa apenas para os professores ou "carolos", que apesar da sua boa vontade, ainda são poucos aqueles que tomam a iniciativa de constituir um núcleo de DE ou um clube.
Recentemente, a FP de Atletismo introduziu nas escolas um projecto denominado por MEGASPRINT, uma competição de corridas de velocidade levada a cabo pelos professores de EF nas suas aulas, em que apuram os melhores alunos para uma fase de escola, depois para uma fase regional e sucessivamente até à fase nacional. Já a FP de Basquetebol inseriu, há uns anos, o projecto 3x3 Sunny DElight. Estes projectos promoveram grande adesão de alunos a estas modalidades (DE e federado) e penso que a FPB deverá organizar algum tipo de evento do género.
Relativamente ao tema abordado inicialmente, penso que a medida de restringir a participação de alunos Federados nos torneios de DE consoante o seu ranking é a medida mais prática e que trará benefícios para todos. Por um lado motiva os alunos que praticam no desporto federado e que têm resultados menos bons, e por outro lado, promove um aumento de conhecimentos técnicos e de competitividade junto dos nucleos de DE.
Pela minha experiência na escola, sei que o Badminton é uma modalidade com imenso potencial, pois é bastante bem aceite pelos alunos, é facil de leccionar e pode ser praticada quaisquer que sejam as condições de clima. Desta forma, seria interessante que os dirigentes da nossa federação a resolvessem as suas divergências com o DE tivessem um maior dinamismo relativamente a este assunto.
Nuno Santos
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