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01 outubro, 2008








Continuamos a apresentar o estudo científico elaborado, pelo professor Ricardo Fernandes, que contém 150 páginas, distribuídas por VI Capítulos e denominado de “A Dinâmica Decisional no Badminton / O Acoplamento Serviço – Recepção nos Atletas de Singulares Homens de Elite Mundial”, a publicar, pelo “O Badmintonista” às quartas-feiras.
CAPITULO II - REVISÃO DA LITERATURA
3.2. A Acção Interceptiva
Acções interceptivas ocorrem todos os dias nas nossas vidas e são um instrumento que ajudam os humanos a adaptarem-se aos seus complexos e incertos envolvimentos (Davids, Savelsbergh, Bennett e Kamp, 2002). Ainda segundo os mesmos autores (2002) a maioria das acções interceptivas inclui as respostas motoras “finas” e “grossas”, sobre uma variedade de condições de envolvimentos estáticos e dinâmicos, através de tarefas discretas ou contínuas. Prosseguindo, destacam que essas acções perceptivas básicas incluem por exemplo o pegar ou levantar um copo, colocar o pé na berma do passeio para atravessar a rua, sentar-se gentilmente na cadeira ou apertar a mão a um amigo. Elas são importantes em muitos contextos envolvendo rápidosmovimentos com diferentes partes do corpo como tocar piano, escrever num computador ou colocar o pé no travão do carro. Outras acções interceptivas requerem o uso de implementos com a mão, por exemplo usar uma ferramenta. De facto, algumas das mais fascinantes previsões dentro do processo de controlo motor, têm sido feitas usando tarefas interceptivas como martelar um prego por exemplo (Davids, Savelsbergh, Bennett e Kamp, 2002).
3.2.1. A acção interceptiva no desporto. O desporto é verdadeiramente excitante, no contexto do mundo real em relação ao estudo do processo da coordenação do movimento, controlo e percepção, porque, engloba virtualmente todas estas correntes tópicas e despertam a curiosidade dos fisiocologistas (físicos), cientistas do movimento, cientistas da visão, neurofisiologistas e biomecânicos. Nesta área, os estudiosos procuram compreender porque as acções interceptivas são críticas para o sucesso do rendimento desportivo numa grande variedade de diferentes desportos (Davids, Savelsbergh, Bennett e Kamp, 2002). Ainda os mesmos autores (2002), afirmam que existe a necessidade de ser criado um livro que, junte peritos de nível mundial no estudo de processos de percepção e movimento sobre os constrangimentos de tarefa de desportos com acções de intercepção. Exemplos de acções de intercepção no desporto incluem: apanhar uma bola no Futebol Australiano ou Lacrosse; bater um volante no Badminton, uma bola no Hóquei, Cricket ou Ténis; a queda depois do Triplo-Salto; aterrar numa prancha de surf ou de neve depois de um salto; fazer o contacto com o peito do adversário na esgrima; e agarrar uma barra num movimento com volta completa em ginástica, etc. (Davids, Savelsbergh, Bennett e Kamp, 2002).
3.2.2. A Procura Visual de Sinais de Informação e a sua Utilização nos Desportos de Raquetes
Frequentemente, a sequência dos batimentos durante uma jogada exige que os jogadores tomem decisões imediatas baseadas apenas numa parte da informação do batimento do seu adversário com o objectivo de antecipar a direcção e força de devolução. Alguns estudos têm referenciado severos constrangimentos espaciais e temporais em muitos desportos, dando, ênfase ao uso das acções interceptivas.
Certamente, hoje em dia muitos dos jogadores de Ténis de elevado nível executam serviços e batimentos a uma velocidade superior a 160k/h (Cauraugh e Janelle, 2002).
Os jogadores recebem esses serviços ou “volleys” e têm de tentar antecipar e iniciar os movimentos muito cedo para estarem em posição para executar a recepção, caso contrário, o atraso nas actividades do processo perceptual e motor impedem os atletas de agir no local certo na hora certa (referência). Dado que os jogadores dos desportos de raquete de alto nível adaptam-se à simulação ou manipulação e disfarce dos batimentos característicos como por exemplo os serviços e os “volleys”, os adversários estão focalizados no estímulo da aproximação da bola que é extremamente variável na direcção trajectória e velocidade. A combinação destes parâmetros de detecção nos jogadores peritos dos desportos de raquetes possibilita-os de responder virtualmente a uma infinidade de combinações de estímulos, sobre uma vasta variedade situacionais circunstâncias. Compreender como estes indivíduos lidam com estas exigências dos constrangimentos das tarefas transformam esta área com um interesse acrescido para os cientistas do desporto, podendo ser uma preciosa ajuda para os jogadores adquirirem a perícia nos vários desportos de raquete, sendo uma área de considerável debate e estudos nos dias de hoje para os estudiosos do comportamento (Cauraugh e Janelle, 2002). Os estudiosos do comportamento motor e os fisiologistas do desporto têm se interessado em identificar os sinais visuais e estratégias usadas pelos jogadores de elevado nível para minimizar atrasos na tomada de decisão e antecipação no sentido de ajudar os atletas (Cauraugh e Janelle, 2002). A questão de descobrir e modelar o sucesso da percepção e actividades motoras vai preparar melhor os jogadores e minimizar o atraso dos processos. Conhecendo a importância de identificação dos sinais mais relevantes do envolvimento e ignorando os irrelevantes. Pesquisas importantes sobre a procura de sinais visuais nos desportos de raquetes, já têm sido dirigidas no sentido de determinar os sinais visuais mais críticos em que se devem focalizar, assim como os peritos e não peritos diferem no numero e/ou no tipo de sinais usados. James (1890) notou há algum tempo atrás que a recognição perceptual das situações é a função da (prior) experiência. A estabilização dos hábitos na procura dos padrões visuais fornecem informação avançada (sinais) à acerca dos estímulos de devolução (respostas) reconhecendo estes sinais, e respondendo apropriadamente no contexto do objectivo da tarefa, envolvem muitas experiências de prever situações nos desportos de raquetes. De facto, Helsen e Starckes (1999) argumentaram que muitas decisões nos desportos de raquete são multidimensionais, e requerem uma distinção clara no elo da cadeia da percepção-acção.
Na próxima 4ª feira, dia 8 de Outubro será publicado o texto referente ao ponto 3.2.3 do Capítulo II – A Procura Visual nos Desportos de Raquetes

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