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16 outubro, 2008









Duarte Anjo, natural do Funchal, exerce as funções de Director Técnico, na Associação de Badminton da Região Autónoma da Madeira e de Presidente, no Clube Desportivo e Recreativo dos Prazeres, sendo ainda o responsável pela modalidade no clube, onde desempenha a função de técnico. Foi também atleta internacional da modalidade
- Quais os objectivos do badminton juvenil madeirense para a época de 2008 / 09?Quando fui convidado pela Direcção da ABRAM, em Junho de 2006, para o Cargo de Director Técnico, achei que seria melhor, convidar o Professor Cosme Berenguer, para a Direcção Técnica e juntos elaborar o projecto “Mais Badminton”, com a duração de três anos 2006 a 2009, o tempo mínimo necessário no nosso entender, para reorganizar todos os procedimentos da ABRAM, em relação a toda actividade Regional, Nacional e Internacional, redefinir o projecto do PAPEP, e principalmente apoiar os atletas da nossa associação no apuramento Olímpico de Pequim. Os objectivos definidos, encontram-se, numa fase final do seu percurso natural, quando se efectua profundas alterações, que nem sempre vão ao encontro das vontades de cada interveniente, pelo que, só uma avaliação final, em Junho de 2009, poderá identificar o sucesso ou não destas alterações, o trabalho é de continuidade para tentar atingir as metas ainda não alcançadas e preparar a modalidade para os novos regulamentos Regionais aprovados pelo IDRAM, em Agosto/2008
- E relativamente a participações internacionais, com jogadores não seniores?Estamos a adaptar-nos aos novos regulamentos, que condicionou a nossa participação ao nível internacional, dos atletas inseridos no PAPEP, ao longo destes dois anos, com a esperança que, a partir desta época, já com todas as rectificações efectuadas no referido projecto, a participação internacional seja uma realidade, indo ao encontro dos objectivos dos atletas e cumprir umas das metas principais deste projecto ainda em falta
- O que é o PAPEP?
O PAPEP-Proposta de Apoio a Praticantes de Elevado Potencial é um projecto do Governo Regional, que visa apoiar atletas que reúnam características de evoluir na modalidade. São projectos elaborados pelas associações, de 4 anos, (ciclo olímpico) com uma avaliação intermédia no final de cada época, onde se define a entrada e exclusão de atletas, em função dos resultados obtidos, definidos no projecto e tem como limite de idade os 20 anos.
- Qual a situação da comunidade escolar em relação ao badminton?
Em relação à comunidade escolar aqui na Região Autónoma da Madeira, posso adiantar que foi uma enorme surpresa quando entrámos para a ABRAM em 2006 e solicitámos uma reunião com o Gabinete do Desporto Escolar e constatámos que tinham uma competição completamente organizada e muito participativa, pelo que só foi necessário alguns ajustes e incentivar que os melhores atletas do desporto escolar participassem na competição federada
- No Calendário Regional, estão indicados apenas dois Torneios de Divulgação. Não haverá interesse em organizar mais alguns, de forma a provocar-se maior intercâmbio com as escolas?
O Calendário Regional, que está disponível, através do site http://www.assbadminton.madeira.com/index.php, já tem uma competição devidamente organizada e bem definida, onde esse intercambio já é feito, numa parceria entre as escolas e clubes locais, com resultados bastante positivos, não só para essas colectividades, como para o badminton da RAM e principalmente para o desenvolvimento do badminton português, porque ao contrario que muitas vezes (alguns pensam) ao se desenvolver o badminton na RAM, estamos ao mesmo tempo a desenvolver a modalidade em Portugal
- Vale a pena estudar e alimentar o sonho de ser um atleta de elite em Portugal, atendendo às dificuldades financeiras, logísticas, físicas, entre outras ?
Claro, temos todas as condições de se desenvolver um trabalho com atletas de elite, não só, porque temos atletas com condições de serem integrados nesses projectos , como também temos treinadores capazes de planificar esse trabalho e dirigentes com conhecimento da modalidade quer a nível nacional como internacional, com a capacidade de definir os objectivos e as estratégias para os conseguir novos horizontes
- O objectivo de todos é chegar o mais longe possível, pelo que terá de se percorrer um longo caminho trabalhando muito para se conseguirem determinados objectivos. Como Director Técnico Regional já foram alcançados alguns desses objectivos?
O caminho, faz-se caminhando e como tal, todos os objectivos conseguidos são uma etapa vencida, pelo que, há que definir novos objectivos, partindo de um patamar mais elevado e com metas muito mais ambiciosas
- Em Portugal não existe competitividade que permita aos jovens jogadores evoluírem, pelo que teriam que sair do país, para poderem crescer desportivamente e assim jogar ao mais alto nível. Esta situação, quando poderá ser contrariada?
É assim, não só no desporto como também a outros níveis, pelo que, na minha opinião essa questão só se coloca, quando, em casos específicos o nível do atleta é nitidamente superior ao seu escalão, nestes casos devemos intervir em conformidade com esta realidade e criar mecanismos de apoio que permitam a participação internacional, trazendo não só benefícios ao atleta, como também estamos a contribuir para o desenvolvimento da modalidade no nosso pais, é assim que todos os atletas com características acima da média fazem seja em Portugal ou qualquer outro lugar
- Se conseguíssemos uma regular competição internacional, justificar-se-ia um Centro de Treinos de Alto Rendimento, na Madeira e outro no Continente, com espaços devidamente apetrechados e exclusivos?
Como sabemos, vai ser construído um Pavilhão, que entre outras actividades, vai ter características muito específicas para a nossa modalidade, onde os atletas de alto rendimento poderão usufruir todos os dias, com varias unidades de treino diárias. Eu penso é que, para participarmos num competição regular a nível internacional, esta infra-estrutura é fundamental e imprescindível, no sucesso dos objectivos a alcançar
- Sendo o badminton uma modalidade sem protagonismo em Portugal e também tecnicamente muito difícil e havendo tantas outras modalidades com outra dimensão e visibilidade, qual a razão por na Madeira ter fortes simpatias da comunidade juvenil?
Volto a dizer, que, ao desenvolvermos o badminton na Madeira estamos a desenvolver a nossa modalidade em Portugal, mas, como é natural em regiões mais pequenas, as questões de proximidade ajudam a fomentar mecanismos e interligações que permitem modalidades com as características da nossa, atingirem muita visibilidade,A tradição do badminton na Madeira, deve-se também aos nossos filiados, que a têm desenvolvido e promovido, atendendo à sua proximidade dos jovens nas suas localidades onde estão inseridos e por isso merecem da minha parte, o respeito e consideração por esse trabalho
- Comparativamente com países europeus de grande dimensão competitiva, Portugal tem um número muito reduzido de atletas federados. Qual será a solução, para que haja uma substancial aderência de novos praticantes?
A questão dos atletas federados, é sem dúvida uma questão importante, que a FPB, já deu o primeiro passo para iniciar essa recuperação através dos Torneios de Divulgação, que na minha opinião estão a ter sucesso e que muito em breve irá trazer os seus frutos
- Para a nossa dimensão ter jogadores entre os 100 melhores mundiais e um Sub19 a vencer provas na Europa é um motivo de orgulho, que outros países bem maiores e mais ricos que nós, não conseguem. A que atribui esta situação?
É motivo para acreditar que somos capazes, disso não temos duvidas, como também não tenho duvidas em dizer, que num futuro próximo, vamos atingir patamares mais altos, estas situações que me coloca, para mim não são um caso isolado, mas sim consequência de um trabalho de há muito tempo e que está a começar a aparecer com rosto e com a certeza que outros que estão a começar agora as suas primeiras internacionalizações, vão apresentar níveis competitivos mais altos. O nosso nível de badminton está a crescer cada vez mais, são os próprios atletas de elite a reconhecer esse desenvolvimento, infelizmente temos mais pessoas interessadas em criticar questões, nem sempre fundamentais para o desenvolvimento da modalidade, do que, destacar que temos jovens atletas a trabalhar com qualidade e com certeza vão atingir patamares que em outros tempos eram apenas um sonho para os nossos atletas
- Com tão poucos jogadores que possibilidades temos de melhorar as nossas participações internacionais?
A minha resposta é simples, nas outras modalidades em que, o número de atletas é muito maior, que resultados internacionais de relevo temos tido? Para mim essa questão é importante mas não fundamental
- A juventude mundial não quer competir, não se quer esforçar. Também a situação é idêntica com os jovens da Madeira?
A história da Madeira, dá conta que sempre fomos um povo de luta e como tal, subimos a pulso e com muito esforço, todos os patamares naturais e aqueles que muitas vezes nos colocaram pela frente, essa característica embora adaptada aos novos tempos é sempre uma referência dos atletas madeirenses nas suas metas a atingir.

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