
Continuamos a apresentar o estudo científico elaborado, pelo professor Ricardo Fernandes, que contém 150 páginas, distribuídas por VI Capítulos e denominado de “A Dinâmica Decisional no Badminton / O Acoplamento Serviço – Recepção nos Atletas de Singulares Homens de Elite Mundial”, a publicar, pelo “O Badmintonista” às quartas-feiras.
Capítulo II – Revisão da Literatura
3.7.3 – O Contexto da Tomada de Decisão
No desporto de alto nível a análise de performance desportiva é muitas vezes difícil de definir as componentes das tarefas. Segundo De keyser (2003) o conceito de tarefa não parece ser suficiente para compreender o que está a acontecer numa dadasituação. Isto não leva em consideração o contexto, nem o individuo que desenvolve a tarefa (com limitações e constrangimentos de trabalho).
Capítulo II – Revisão da Literatura
3.7.3 – O Contexto da Tomada de Decisão
No desporto de alto nível a análise de performance desportiva é muitas vezes difícil de definir as componentes das tarefas. Segundo De keyser (2003) o conceito de tarefa não parece ser suficiente para compreender o que está a acontecer numa dadasituação. Isto não leva em consideração o contexto, nem o individuo que desenvolve a tarefa (com limitações e constrangimentos de trabalho).
O conceito “situação” aparenta ser mais apropriado para a compreensão da actividade individual durante o percurso da acção.
Amalberti and Hoc (1998) consideraram o contexto situacional utilizando os parâmetros temporais, incerteza e controlo. O parâmetro temporal refere-se ao tempo disponível para actuar e à evolução de uma parte da situação, isto é, o seu processo. O controlo pode ser parcial ou total. A incerteza pode ser espacial, temporal ou factual.
Amalberti and Hoc (1998) consideraram o contexto situacional utilizando os parâmetros temporais, incerteza e controlo. O parâmetro temporal refere-se ao tempo disponível para actuar e à evolução de uma parte da situação, isto é, o seu processo. O controlo pode ser parcial ou total. A incerteza pode ser espacial, temporal ou factual.
No desporto estes acontecimentos consistem em situações que ocorrem durante o treino ou na competição. A investigação tem de considerar por isso a contingência da tarefa, tal como, as considerações dos processos contínuos, que são utilizados em situações reais.
A investigação ecológica usa uma perspectiva tri-dimensional que relaciona o praticante com o ambiente e com a tarefa focando na maneira como os indivíduos ligam a sua actividade a um contexto particular, no qual a acção não é regulada por um plano a priori (Araújo 2006). Os estudos na área do desporto têm-se focado nas componentes temporais das acções do treinador (exemplo: Se’ve and Durand, 1999), a organização conceptual e temporal da interacção entre treinadores e atletas durante a competição (exemplo: D’ Arripe-Longueville et al., 2001), construção do conhecimento durante o percurso de acção (ex: Se’ve et al. 2003), a organização da acção de acordo com o nível da performance do atleta (ex: Hauw and Durand, 2004), diferenciação de objectivos em consideração com o tipo de competição (ex: Saury et al., 1997) e o contexto da tomada de decisão (Araújo 2005).
A investigação ecológica usa uma perspectiva tri-dimensional que relaciona o praticante com o ambiente e com a tarefa focando na maneira como os indivíduos ligam a sua actividade a um contexto particular, no qual a acção não é regulada por um plano a priori (Araújo 2006). Os estudos na área do desporto têm-se focado nas componentes temporais das acções do treinador (exemplo: Se’ve and Durand, 1999), a organização conceptual e temporal da interacção entre treinadores e atletas durante a competição (exemplo: D’ Arripe-Longueville et al., 2001), construção do conhecimento durante o percurso de acção (ex: Se’ve et al. 2003), a organização da acção de acordo com o nível da performance do atleta (ex: Hauw and Durand, 2004), diferenciação de objectivos em consideração com o tipo de competição (ex: Saury et al., 1997) e o contexto da tomada de decisão (Araújo 2005).
Um trabalho precedente nesta área, considerou a tomada de decisão de emergente nos domínios do poder nuclear, do transporte, da gerência industrial, de operações militares e de serviços de emergência e ou urgência. Estes estudos são relativos a duas aproximações, são desenvolvidas independentemente, mas, são no entanto muito semelhantes. O modelo da tomada de decisão foca-se em problemas mal estruturados, condições dinâmicas e incertas, objectivos mal definidos e em desenvolvimento, ciclos de feedback e acção, pressão temporal, situações de alto risco, números elevados de indivíduos empenhados a uma situação e padrões organizacionais.
O modelo foi suficientemente desenvolvido por Amalberti (1996, 2001), que examinou problemas mal definidos e problemas dinâmicos. Estes modelos referem-se à tomada de decisão. Toda a pesquisa em cima considera que as decisões foram adaptadas à situação e à pessoa.
A tomada de decisão adaptável permite o controlo sobre a parte ou a toda a situação. Em contraste com as concepções cognitivas, a tomada de decisão adaptável é mais satisfatória para o indivíduo e corresponde às competências individuais reais.
O modelo foi suficientemente desenvolvido por Amalberti (1996, 2001), que examinou problemas mal definidos e problemas dinâmicos. Estes modelos referem-se à tomada de decisão. Toda a pesquisa em cima considera que as decisões foram adaptadas à situação e à pessoa.
A tomada de decisão adaptável permite o controlo sobre a parte ou a toda a situação. Em contraste com as concepções cognitivas, a tomada de decisão adaptável é mais satisfatória para o indivíduo e corresponde às competências individuais reais.
A tomada de decisão adaptável refere-se aos objectivos dos próprios atletas para uma situação num contexto específico. Sob estas circunstâncias, as decisões não parecem ser racionais, mas parecem apropriadas e suficientes para o responsável pelas decisões.
De acordo com Amalberti e Malaterre (2001), um indivíduo não é um agente passivo racional e não organiza o comportamento para lidar cognitivamente. O atleta faz a avaliação dos riscos e prossegue pela antecipação reduzindo a complexidade situacional.
De acordo com Amalberti e Malaterre (2001), um indivíduo não é um agente passivo racional e não organiza o comportamento para lidar cognitivamente. O atleta faz a avaliação dos riscos e prossegue pela antecipação reduzindo a complexidade situacional.
O atleta empenha-se a um nível mais autónomo de comportamento em vez de um processo reflexivo e lógico para salvaguardar os seus recursos. Por isso, a tomada de decisão é focalizada consequentemente num processo contínuo, tendo em conta a contingência da tarefa. Considera no âmbito da situação (ambiente espacial e objectivo social) e o produto de um ajuste da actividade, parte do ambiente marcado pela acção.
Em algumas modalidades, como por exemplo, o Tiro com Arco, comprova-se que apesar de existir alguma complexidade, as decisões são de carácter mais simples, já que o desportista está perante a hipótese de atirar ou não, o qual é algo mais simples, porque, permite um período de concentração e uma certa margem de tempo para realizar a sua acção.
Em algumas modalidades, como por exemplo, o Tiro com Arco, comprova-se que apesar de existir alguma complexidade, as decisões são de carácter mais simples, já que o desportista está perante a hipótese de atirar ou não, o qual é algo mais simples, porque, permite um período de concentração e uma certa margem de tempo para realizar a sua acção.
Se compararmos o exposto exemplo dado anteriormente com as alternativas que se apresentam no Badminton, comparativamente a um jogador que vai executar um gesto técnico com a intenção de obter o ponto, encontramo-nos perante então, um desportista disposto a decidir o que fazer, sobre uma enorme pressão do tempo em que tem para realizar a acção, gerindo o risco de forma imediata, a sua motricidade segundo os objectivos, em presença de incerteza sobre uma pressão temporal e com exigências de precisão (Heising, 2006).
Na próxima 4ª feira, dia 7 de Janeiro será publicado o texto referente ao ponto 3.7.4 do Capítulo II – A Tomada de Decisão no Badminton
Na próxima 4ª feira, dia 7 de Janeiro será publicado o texto referente ao ponto 3.7.4 do Capítulo II – A Tomada de Decisão no Badminton
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