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07 janeiro, 2009








Continuamos a apresentar o estudo científico elaborado, pelo professor Ricardo Fernandes, que contém 150 páginas, distribuídas por VI Capítulos e denominado de “A Dinâmica Decisional no Badminton / O Acoplamento Serviço – Recepção nos Atletas de Singulares Homens de Elite Mundial”, a publicar, pelo “O Badmintonista” às quartas-feiras.
Capítulo II – Revisão da Literatura
3.7.4 – Tomada de Decisão no Badminton
Macquet, and Fleurance (2007), num estudo realizado sobre a tomada de decisão em jogadores peritos de Badminton, revelou através da análise de dados indutivos que existe três tipos de intenções durante as sequências (jogadas longas): (1) aguentar/manter a jogada; (2) tirar vantagem/desequilibrar; (3) ganhar o ponto. Os mesmos autores revelaram ainda que existe oito tipos de tomada de decisão nessa situação: (1) garantir/assegurar a acção; (2) observar a resposta do adversário na sua acção; (3) realizar uma escolha condicionada/limitada; (4) influenciar a acção do adversário; (5) colocar o adversário sob pressão; (6) surpreender o adversário; (7) realizar uma acção eficaz/eficiente; (8) jogar aberto (perto das linhas). Neste estudo, os autores concluíram que a tomada de decisão mais frequente dos jogadores, foi sobretudo a de colocar o adversário sob pressão. Em relação às decisões específicas, estas estavam ligadas a diferentes tipos de informação e conhecimento.
No Badminton a mudança da tomada de decisão ocorre continuamente durante uma jogada, isto significa, que as decisões dos jogadores em relação à escolha dos batimentos vão se alterando ao longo do jogo, dependendo da interacção de uma série de factores que influenciam as acções dos jogadores durante o jogo (Araújo, 2007).
Segundo o mesmo autor, a decisão não parece depender de uma componente constante do sistema, tal como uma personalidade ou as estratégias predeterminadas.
No processo da tomada de decisão, os jogadores usam o conhecimento que foi construído durante o jogo e/ou os jogos anteriores, fazendo ligações entre situações actuais e anteriores para produzir uma decisão eficiente para todo um dado momento (Macquet and Fleurance (2007).
No domínio do treino, é considerado que os atletas aplicam decisões dentro das regras que são implementadas durante o treino (ex: French and MacPherson 1999, McPherson, 2003). Estas regras contêm uma ou mais condições que envolvem umaacção particular (ex: Williams and David 1995). Estas ideias são classificadas por modelos de cognição clássicos. Esses modelos insistem nos processos de informação e conhecimentos bases (ex: Chase and Somon, 1973). Essa focalização no processo de informação e conhecimento base teve duas consequências: primeiro era focada no funcionamento humano e mais tarde foi designada tarefas conceptuais. Nestes modelos, o sistema humano era comparado a um computador-metáfora que processava informação, baseado no conhecimento, símbolos, diagramas e algoritmos.
Estes modelos estão focalizados em parâmetros quantitativos, tal como a reacção no momento, tempo do movimento e erro (em relação a um alvo). Por isso, a abordagem clássica cognitiva tem usado uma abordagem mecanicista que determina que a acção é um resultado directo da cognição (Sanders1986).
O sistema humano possui o conhecimento base adquirido da aprendizagem e experiência, que está disponível para o uso na acção directa. Contudo, uma acção pode ser considerada um acto racional e omnisciente, no qual, possui todo o conhecimento requerido para acto.
A observação de situações no desporto conduziu consequentemente às dúvidas em relação à da tomada de decisão racional. As decisões dos peritos no desporto não permitem o controlo sobre as situações onde o atleta está completamente empenhado.
Frequentemente, o controlo é limitado; na modalidade do Badminton por exemplo, conduz a uma continuação da jogada, mas, não ao sucesso final em ganhar o ponto. As decisões podem variar marcadamente entre situações e podem mudar consideravelmente com experiência, espaço e constrangimentos biológicos. Um atleta não pode tomar a mesma decisão cada vez que ele/ela encontra uma situação semelhante.
Da mesma forma, as decisões podem variar entre indivíduos.
Na próxima 4ª feira, dia 14 de Janeiro será publicado o texto referente ao ponto 4. do Capítulo II – Metodologia Observacional

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