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28 setembro, 2009








A professora Ana Paula Costa, natural de Tomar, docente de Educação Física no Agrupamento de Escolas Dr.ª Maria Alice Gouveia / Coimbra, onde é a responsável pelo Núcleo de Badminton e uma das quatro escolas que integram a ADEBC-Associação Desportiva Escolar de Badminton de Coimbra
- O seu interesse e dinamismo têm sido visíveis, levando-a a criar o Núcleo de Badminton. Será pela espectacularidade ou pela confraternização?
O meu interesse pelo Badminton surgiu quando comecei a leccionar esta matéria na disciplina de Educação Física no ano em que fiz o meu estágio (1997/1998), na Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa. Era uma escola com excelentes condições para a prática desta modalidade, pois conseguíamos ter 9 campos no espaço de aula. Para além disso, era notável o entusiasmo e empenho dos alunos durante as aulas em que desenvolvíamos esta matéria. Em Coimbra, continuei a verificar que o Badminton era das matérias mais apreciadas nas aulas de Educação Física e no ano de 2001/2002 formei o meu primeiro Grupo-Equipa de Badminton, na Escola Básica de Soure.
- Tem sido significativa na sua escola a adesão à prática do Badminton?
Iniciei o Núcleo de Badminton no Agrupamento de Escolas Dr.ª Maria Alice Gouveia no ano lectivo 2006/2007. Quando cheguei a esta Escola o Badminton quase não existia, uma vez que não fazia parte do planeamento anual da disciplina de Educação Física. Comecei por leccionar o Badminton durante o 1º período a todas as minhas turmas e, no primeiro ano do Núcleo, consegui motivar cerca de 15 alunos a treinar duas vezes por semana. No 2º e 3º anos do Núcleo, segui a mesma estratégia e o sucesso foi evidente, formando um grupo de cerca 25/30 alunos a treinar duas vezes por semana.
- Quais os seus objectivos para 2009 / 2010?
Para além de divulgar o Badminton como uma actividade física de elevado potencial educativo e formativo, pretendo continuar o trabalho que desenvolvo com estes alunos e aumentar e ainda mais o número de praticantes na Escola Alice Gouveia (principalmente os alunos do 5º e 6º anos).
- Que mudanças positivas deveriam ser efectuadas no desporto escolar e em particular no Badminton?
Ao nível do Desporto Escolar deveria existir mais rigor, um professor de apoio à modalidade para orientar o trabalho dos diversos núcleos, verificar o desenrolar das várias competições e o funcionamento dos núcleos.
- Paralelamente com a formação de jovens jogadores, concorda ou não, também com formação noutras áreas como a arbitragem ou até o dirigismo?
Sim, concordo plenamente. Para haver qualidade numa determinada modalidade, o investimento deverá ser feito a todos os níveis (formação, arbitragem e dirigismo).
- Os Torneios de Divulgação, que a FPB pôs a funcionar em parceria com o Desporto Escolar e que captaram simpatias de alguns professores responsáveis por Núcleos de Badminton deverão continuar com o mesmo modelo ou deverá ser alterado?
Eu penso que os Torneios de Divulgação foram uma experiência bastante positiva para os nossos alunos do Desporto Escolar, proporcionando-lhes um maior nível de competição bem como uma troca de experiências com alunos federados. Para os professores, foi positivo verificar que o seu trabalho tem alcançado bons resultados.
- Para conseguirmos desenvolver uma eficaz formação e cultura desportiva e criarmos condições para um desporto organizado, que sirva a grande maioria da população juvenil, o que teremos que fazer?
Teremos de implantar definitivamente o Badminton nas aulas de Educação Física. Apesar de ser uma matéria nuclear no 3º ciclo, não é desenvolvida correctamente na maioria das escolas.
- Conhecendo-se a necessidade de formação técnica dos professores, o que terá que ser efectuado, para ultrapassar esta situação?
É uma grande lacuna na formação dos professores. Nas Faculdades de Desporto, o Badminton deveria também fazer parte do currículo. Para os professores de Educação Física em funções nas escolas, deveria investir-se mais na formação contínua.
- Sendo o Badminton uma modalidade sem visibilidade e protagonismo em Portugal, como se explica a fácil introdução junto da comunidade escolar?
É sem dúvida uma modalidade do agrado dos alunos. A partir do momento em que começam a conseguir executar os gestos técnicos básicos e introduzimos as regras e a competição, a grande maioria dos alunos gosta. No meu entender, as escolas são o grande recurso para o desenvolvimento do Badminton em Portugal.
- O intercâmbio de jogadores federados com os escolares e de professores com treinadores de clubes, será um meio importante para o desenvolvimento da modalidade. Qual a sua opinião?
Penso que sim. E temos comprovado isso com a nossa Associação. No entanto, para que o Badminton desse o “salto” em termos de desenvolvimento, era fundamental que esta tivesse mais visibilidade nos meios de comunicação. As pessoas precisam de conhecer a modalidade para gostar.

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