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03 novembro, 2009







O professor Cosme Moniz Berenguer, natural do Monte é docente na Escola Básica do 3º Ciclo do Funchal, exerce as funções de Coordenador/Treinador no CSMA durante 12 anos e como atleta foi em 2009 Vice-Campeão Nacional de Veteranos A. Iniciou a prática da modalidade com 14 anos e mantendo-se no activo até ao momento.
- Quais os objectivos do Clube Sport Madeira para a época desportiva de 2009 / 2010?
O CSMA tem como principal objectivo para a época 2009/10 conquistar o título de campeão nacional de Equipas Mistas Seniores, para além de poder vir a conquistar alguns títulos nos escalões de não seniores. Também tem como objectivo melhorar a formação, principalmente nos escalões mais jovens.
- E relativamente a participações internacionais, o CSMA tem atletas com possibilidades de conseguirem alguns bons resultados e assim atingirem patamares qualitativos de excelência?
O CSMA tem um ou outro atleta na formação que poderá atingir bons resultados a nível internacional, mas para isso é necessário apoios financeiros das instituições do estado, bem como, apoios de empresas privadas.
- Algum atleta do CSMA tem alguma possibilidade de virem a usufruir de apoio do Governo Regional, no âmbito do PAPEP-Proposta de Apoio a Praticantes de Elevado Potêncial?
O CSMA tem neste momento um atleta que integra o PAPEP, só que este projecto para poder ter pernas para andar é necessário os apoios fundamentais do IDRAM-Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira. Ao longo dos anos este projecto não tem tido o apoio devido das entidades.
- Qual a situação da comunidade escolar relativamente ao Badminton no CSMA e em termos de dinâmica e protocolos?
O CSMA tem tido ao longo dos anos a preocupação com os atletas em termos educativos, uma vez, que os estudos estão em primeiro lugar que o desporto. Podemos dizer que, o badminton é uma actividade complementar aos estudos. Além disso, o CSMA tem um protocolo estabelecido com a Escola da APEL, que visa integrar os atletas em turmas com determinadas regalias de horário escolares, apoios extras e facilidades de poderem viajar e repor as aulas perdidas.
- Presentemente quantos atletas estão em actividade no CSMA, nomeadamente dos escalões não seniores e qual o número de treinadores que os apoiam?
O CSMA tem neste momento cerca de 50 atletas e 3 treinadores.
- Perante a instabilidade social e económica vivida presentemente, o caminho para uma desejada “pirâmide”, em que os atletas dos escalões jovens, deveriam ser a grande “aposta”, deixa algumas perspectivas para o futuro da modalidade em Portugal?.
Devido a crise económica que abala o país, e verificando que a aposta nos escalões mais jovens da formação é cada vez menor, podemos dizer que o futuro da modalidade está em risco. Sendo assim, dificilmente teremos atletas com inegável valor para competir ao mais alto nível internacional.
- Vale a pena estudar e alimentar o sonho de ser um atleta de elite em Portugal, atendendo às dificuldades financeiras, logísticas, físicas, entre outras?
Na minha opinião não vale a pena pensar em ser atleta de elite em Portugal, porque os apoios cada vez são menores e verifica-se cada vez mais as instituições com responsabilidade na modalidade a apoiarem cada vez menos.
- O CSMA e outros clubes regionais estão a desenvolver processos de apoio à modalidade em termos materiais e humanos, o que reforça a possibilidade de obtenção de bons resultados no futuro, assim como reforçará a qualidade da formação dos atletas em geral. Pode comentar esta situação?
O CSMA tem ao longo dos anos procurado dar aos escalões de formação as melhores condições possíveis para poder desenvolver a modalidade. Para isso, tem procurado apoios nas empresas privadas para poder atribuir melhores recursos matérias para os atletas. Isto também verifica-se nalguns clubes da região. Só assim, poderemos melhorar a qualidade da formação dos nossos atletas.
- Em Portugal não existe competitividade que permita aos jovens evoluírem, pelo que teriam que sair do país, para poderem crescer desportivamente e assim competir ao mais alto nível. Esta situação, quando poderá ser contrariada?
Penso que em Portugal nalguns escalões temos alguma competitividade, mas para podermos evoluir é necessário competirmos a nível internacional. Esta situação poderá ser contrariada se houver uma maior aposta da FPB e dos clubes nos escalões de formação. Para isso, é necessário o empenhamento de todos para que a modalidade possa crescer em Portugal.
- Para uma regular competição internacional, justificar-se-ia um Centro de Treinos de Alto Rendimento, na Madeira, com espaços devidamente apetrechados e exclusivos?
Esta é a grande lacuna da Região em não ter um Centro de Treinos de Alto Rendimento, uma vez que tem tão bons jogadores nos escalões de formação. Na Região ao longo dos anos têm despontado atletas de inegável valor que merecia ter esse centro de treino, não só pelo que a modalidade tem dado à Região, bem como ao País.
- Comparativamente com países europeus de grande dimensão competitiva, Portugal tem ainda um número muito reduzido de atletas federados. Qual será a solução, para que haja uma substancial aderência de novos praticantes?
Em primeiro lugar gostaria de dizer que a Região é a zona onde tem mais atletas federados do País. Para isso, tem contribuído o apoio dado pelo IDRAM e pela ABRAM. A nível Nacional teria de haver um maior apoio da FPB aos clubes e maior divulgação da modalidade nos órgãos sociais. A nossa modalidade tem pouca expressão a nível interno. Sendo uma modalidade até pouco dispendiosa, deveria haver mais praticantes.
- O novo sistema competitivo, que a FPB recentemente pôs a funcionar, tem provocado muitas opiniões contraditórias e até mesmo muito polémicas e em que alguns elementos não aceitam determinadas opções, que os directores federativos têm vindo a formalizar. Deveremos ou não efectuar algumas alterações, para que o Badminton Nacional não retroceda e dentro de algum tempo siga por caminhos pouco interessantes?
Penso que em primeiro lugar, a modalidade estava a precisar de ser reformulada. Isto de jogar em três pavilhões no mesmo fim-de-semana era um absurdo. Sabemos que as mudanças leva a haver sempre resistências, mas sem elas não podemos dizer se o sistema melhorou ou piorou. Devemos dar o benefício às pessoas que apresentam propostas para a modalidade e não sermos somente do bota abaixo.

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