(2ª parte)
Porque não
tentarmos de algum modo, colar cada uma destas raquetas, à complexidade dos
nossos jogadores, mas fica aqui uma vez mais o aviso, que tudo pode variar e
sempre existem excepções à regra.
O que inicialmente
catalogamos como jogadores iniciados ou principiantes, não têm de modo algum
ideia de qual será o seu estilo de jogo. Vai ter os primeiros contactos com a
modalidade, aprender as regras básicas do Badminton, pegar correctamente na
raqueta, fazer os primeiros batimentos com o volante e muitas outras situações,
que cada treinador irá impor face à diversidade de aprendizes.
Aqui entra a
primeira escolha de uma raqueta e talvez a mais importante, para a carreira de
um jogador. É com uma boa base e bons alicerces que o futuro poderá ser risonho
para os mais aplicados.
Como não temos a
noção do que irá ser os nossos primeiros passos, normalmente as Escolas e
alguns Núcleos de Badminton, fornecem para esta primeira fase raquetas
metálicas, não que sejam muito apropriadas, mas sobretudo pelo baixo custo.
Com estas, os
Professores mais vocacionados para a modalidade ou Treinadores irão ter uma
primeira impressão daquilo que poderás vir a ser o teu potencial. Naturalmente
que cada um irá pretender ter a sua própria raqueta e é aqui que muitas vezes
se começa a complicar, aquilo que eu considero ser o mais fácil de decidir. A
raqueta de iniciação.
É simples. Como
não existe definição de jogo nem de jogador, a opção certa, será por uma
raqueta de Carbono de baixa gama, flexiva ou meia flexiva e equilibrada. Tem
baixo custo, poderás tirar muito proveito dela e inclusive, dar indicações do
que poderá vir a ser o teu sentido de jogo, é sensível e confortável e caso
esta não seja na verdade a tua modalidade, o investimento pode-se considerar
pequeno.
Assim, ao
escolhermos uma raqueta de badminton, temos de ter em conta o seguinte:
- Apenas existem
três tipos, com a cabeça pesada, com a cabeça leve e equilibrada. Todas as que
daqui advêm, são apenas alterações, de modo a servir uma maior gama de
jogadores.
A de cabeça
pesada, dar-te-á um batimento desde o cimo da cabeça, em movimento descendente,
mais conhecido no meandros do ténis como “swing”(*), mais potência e
estabilidade, quando em contacto com o volante.
A de cabeça leve,
permitir-te-á movimentar a raquete mais rapidamente, mas ao contrário do atrás
referido, terás menos potência e estabilidade em contacto com o volante. Não será preciso
dizer, que com as equilibradas, irás ficar no meio, dos dois passos anteriores,
ou seja, um sentimento neutro.
Até há poucos anos
atrás, as raquetas vinham unicamente com a cabeça do tipo, chamado “clássico”,
ou seja, o formato oval. Nos tempos que correm, muito embora poças optar por
este formato, as marcas oferecem-te as raquetas com cabeça “isométrica”. Estas,
têm um formato mais quadrado, o que te dará uma área de batimento útil,
bastante maior, que as suas antecessoras. Na gíria dos desportos de raqueta,
chamamos a esta área útil, “sweet spot”(**). Ao termos uma área mais útil para
bateres no volante, tens à partida mais chances de ao fazeres um batimento
descentrado, obteres a mesma energia de como se no meio se tratasse. Para os
iniciados ou principiantes, é uma mais-valia.
A flexibilidade de
uma raqueta, dá-nos a quantidade de elasticidade que esta dispõe,
principalmente na haste. Uma raqueta rígida, terá obviamente menos
flexibilidade e, como tal, é totalmente desaconselhável a um iniciado ou
principiante.
Ao utilizares uma
raqueta flexível, esta te dará mais um pouco de potência nos batimentos, já que
terás a ajuda do chamado efeito catapulta, mas por outro lado, irás ter menos
controlo. Só deves usar uma raqueta rígida, quando a tua técnica estiver
apurada e se fisicamente também estiveres desenvolvido. Caso contrário, podes
vir a ter lesões graves nas articulações do braço e no ombro, derivadas das
vibrações que provêm dos batimentos no volante.
As espessuras da
pega ou “grip size”, também nos aparecem no mercado com sistemas diferentes.
Normalmente designado nas raquetas pela letra “G” junta a um algarismo e varia
de marca para marca. Por exemplo, na Yonex o G2 é o mais espesso e o G5 o mais
fino.
Outras marcas,
mais vocacionadas para o ténis, mas que comercializam também raquetas de
badminton, optam pelo G, mas aqui, o algarismo diz-nos que, quanto menor for
mais fino é a espessura. Mesmo no mercado, conseguimos encontrar outra
designação, como pequeno, médio ou grande. O teu grip ou pega ideal será aquele
com que te sintas mais confortável. Se por algum motivo, vieres a sentir dores
nos músculos extensores, poderá ser sinal que a espessura que está a usar, não
é a aconselhável para a tua mão, quer seja mais ou menos espesso.
Estas são algumas
das bases para te ajudar a escolheres a tua primeira raqueta de badminton.
(*) – Quantidade
de movimento oscilatório do braço durante um batimento no volante.
(**) – Local
central na cabeça da raqueta onde o volante obtém maior quantidade de energia
na altura do contacto com as cordas, quando efectuas um batimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário