A participação
portuguesa nos Campeonatos do Mundo de Juniores, realizados recentemente em
Bilbao, deu-nos mais uma vez a imagem da necessidade de uma forte e
significativa “Aposta” e muito bem trabalhada, mas apenas quando, as entidades
que dirigem o Badminton em Portugal se entenderem. Não será com duas
“linguagens técnicas” que deverão promover correctamente a modalidade junto da
comunidade juvenil.
É impensável o que
acontece na generalidade dos muitos Núcleos de Badminton espalhados pelo país,
com professores, com muito pouca ou nenhuma formação da modalidade e que são
muitas vezes os mentores da pouca qualidade das competições escolares, pelo que
será impossível passar da formação, que deveria ser da responsabilidade da
escola, para uma verdadeira competição, exclusivamente dos clubes, que têm a
vocação de conduzir os mais talentosos atletas, a alcançarem valiosas
prestações.
Continuamos a
observar uma imagem pouco abonatória para o badminton juvenil em Portugal, onde
a grande maioria dos atletas continuam a fazer “Lazer Competitivo” … e muito
poucos, a exigente e verdadeira “Competição”. Os jogadores em muitos países
estrangeiros, treinam três vezes mais, que em Portugal …
Naturalmente que
esta situação é da responsabilidade dos técnicos, pois, deverão educar os
jovens no seu percurso etário para a necessidade de elevarem e planearem as
adequadas cargas de treino, independentemente se têm ou não pavilhões
disponíveis. Outros componentes do treino, como a força, flexibilidade,
resistência e a velocidade poderão ser desenvolvidos em outros espaços cobertos
ou ar livre.
Uma das várias
qualidades exigidas aos atletas é a vocação para treinarem muito, o que não é
para todos, visto que o estilo de vida é duro, com regras a cumprir. Não é só
dizer que se é atleta, pelo que cada vez mais, verifica-se, que a população
juvenil não quer competir e não se quer esforçar.
Outra situação
preocupante, mas impossível de ser ultrapassada, devido às precárias dotações,
para melhor abranger a formação e a competição internacional, que atinge a
generalidade dos clubes, nomeadamente os do Continente, por não terem espaço
para desenvolverem convenientemente as cargas de treino, muito longe dos
parâmetros necessários para a exigente competição, pelo que será muito difícil
para qualquer atleta treinando duas ou três vezes por semana e durante duas
horas chegar a um nível elevado.
Os clubes não têm
capacidades económicas para fazer face a despesas com o aluguer de pavilhões,
gratificação aos seus técnicos, deslocações, alojamentos etc.
E os
treinadores vocacionados para o estudo da Metodologia do Treino, não poderão
aplicar as suas melhoradas mais-valias, que entretanto vão sendo adquiridas.
No entanto andam
por aí muitas ilusões …
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