Um castigo deve servir
para rectificar um comportamento, privando a criança ou jovem de algo que ele
retire prazer. Mas, se uma criança gosta da escola faria sentido proibi-lo de
ir para o castigar? Sendo a escola fundamental para o desenvolvimento da
criança, assumo que devemos concordar que não.
Então porque é que é
tão comum pai a castigarem os filhos, proibindo-os de realizar a sua actividade
desportiva quando têm maus resultados escolares?
Acredito que acontece
porque muitas pessoas assumem uma actividade desportiva apenas como uma
actividade lúdica sem grande importância na educação da criança.
No entanto, pela minha
experiência desportiva penso, o desporto muito além de um passatempo, tem
enorme impacto na saúde do jovem, promovendo estilos de vida activos e
saudáveis. E tem enorme impacto na formação do seu carácter e da personalidade
das crianças, por todos os valores e comportamentos sociais que transmite.
Sendo pai, percebo que
o castigo é necessário e tem uma intenção e propósito. No entanto, penso que
proibir a pratica desportiva é, indirectamente, diminuir a importância daquela
actividade aos olhos da criança. O desporto, seja ele qual for, é uma escola de
vida que transmite, para além dos conteúdos técnicos da modalidade, valores
essenciais como responsabilidade e compromisso, o esforço e determinação, a
definição e luta por objectivos, o fair-play e o respeito pelos outros, o saber
lidar com sucessos e fracassos. A meu ver, estes valores são tão importantes
quanto os resultados escolares.
Por estes motivos,
acredito que a prática desportiva deve ser incentivada e procuradas outras
formas de castigo que não envolvam a sua proibição.
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