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16 março, 2017


O envelhecimento da população portuguesa está a provocar grave preocupação, porque as famílias continuam a optar por terem cada vez menos filhos.
Segundo um estudo da investigadora Norberta Amorim, do Núcleo de Estudos da População e Demografia, ao contrário do que aconteceu nos últimos sete anos, o número de nados-vivos aumentou 2,1%, mas a proporção de famílias, com filhos continuou a diminuir. A agravar a situação, Portugal deixou de ser atractivo para os imigrantes e se não houver uma inversão das mentalidades, o país, além de ainda mais envelhecido, vai começar a ter cada vez menos população.
O país só poderá crescer quando houver uma renovação das gerações, o que não está a acontecer desde que se instituiu a fecundidade controlada, primeiro com a pílula e agora com o aborto facilitado. A investigadora realizou um trabalho na área da cidade de Guimarães e constatou que até aos anos 60 / 70 aquela era a região mais jovem da Europa, inserida numa sociedade conservadora, com disciplina religiosa e com vergonha de comprar contraceptivos. Curiosamente, acrescenta, a mudança de mentalidade foi rapidíssima. E se não houver uma reversão, vai conduzir o país ao "suicídio".
O Badminton em Portugal entrou na mesma situação e está cada vez mais a ser suportado por dedicados e empenhados dirigentes / treinadores envelhecidos, mas também desmotivados. Estamos perante uma sociedade altamente materialista, com muitos “complicados e complicadores”, difícil de progredir, onde a gratidão e o reconhecimento são facilmente esquecidos.
Com as crianças e jovem a trocarem a prática regular do desporto, pela demasiada utilização do computador, com os pais e outros familiares a não entenderem, a possível “catástrofe” que dentro de poucos anos, nos invadirá, com o aparecimento de doenças inevitáveis devido à inactividade física. Será necessário incutir o espírito de sacrifício, para uma simples deslocação, das suas residências para os locais de prática desportiva e também sensibilizá-los para uma cultura de assiduidade e pontualidade.
As perspectivas futuras da modalidade estão a diminuir como poderemos verificar, pelo reduzido número de jogadores filiados, que participaram, nas Jornadas do Circuito Nacional, até Fevereiro de 2017, apenas 960 atletas, distribuídos pelos escalões não seniores, seniores e veteranos.
Teremos que ser mais inteligentes para conciliar a união das pessoas com os interesses desportivos e assim, podermos ter a capacidade para procurar conduzir uma mais jovem “fornada” de dirigentes, que com objectivos credíveis e honestos possam constituir novos movimentos clubísticos, associativos e federativos.
Numa fase em que as perspectivas competitivas estão longe do ideal, em que a precária situação económica retira aos clubes, capacidade financeira para suportarem elevados custos com deslocações, alimentação, aluguer de instalações, entre outros, a regionalização do badminton é precisa mais do que nunca, o que seria uma maneira de conduzir a modalidade, para outros e novos horizontes, visto que, com reduzido número de jogadores filiados não se justifica a existência de estruturas com apoios fictícios, como poderemos observar facilmente em relação às oito Associações Regionais constituídas legalmente, mas muito poucas em acção e de acordo com os objectivos para que foram criadas, estão a tentar mascarar, uma realidade extremamente visível.
As realidades demonstram, que sem verbas e muito poucos elementos disponíveis para movimentar as Associações Regionais e encontrar meios para se conseguirem novos clubes e um aumento substancial de praticantes, não tenhamos qualquer ilusão de que teremos que fazer outras apostas.
Ou diminuindo essas entidades ou então criando Comissões Delegadas Zonais (Portugal Continental), coordenadas pela FPB, possivelmente mais económicas e competitivas, como por exemplo:
- Comissão Delegada do Norte (Distritos de Aveiro, Braga e Porto) – 12 clubes
- Comissão Delegada do Centro (Distritos de Coimbra, Leiria e Lisboa) – 18 clubes
- Comissão Delegada do Sul (Distritos de Setúbal e Faro) – 7 clubes.

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