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01 setembro, 2008



Urgente a Reorganização do Desporto Nacional
Felizmente que a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos ficou pelo 28 pontos, longe dos pretendidos 60 , pelo Comité Olímpico de Portugal, situação que alertou para a necessidade urgente de se reorganizar totalmente o desporto nacional, pelo que só quando o poder político trabalhar seriamente e com objectivos bem definidos, o país desportivo poderá ser conduzido para outra realidade.
A população portuguesa não tem vocação para a prática desportiva, calculada em apenas 5% o que é francamente muito pouco, mas sim estamos bem mais sensibilizados, para a “futeboleira”, onde cada vez mais a comunicação social nos conduz para uma “Ditadura Futebolística”.
Não pondo em causa a vontade dos atletas, o seu empenhamento e dedicação será no entanto muito difícil ultrapassar determinadas situações relacionadas com a nossa pouca cultura desportiva.
Temos atletas talentosos mas sem qualidades para a alta competição e outros super talentosos, estes com qualidades psicológicas e atitude para enfrentarem as exigências competitivas ao mais elevado nível, pelo que é perfeitamente natural a crítica de Vanessa Fernandes, "A alta competição não é brincadeira nenhuma. Não é fazer meia dúzia de provas, andar a receber uma bolsa e está feito. Muitos não vêem bem a realidade das coisas. Não têm a noção do que isto significa. Se calhar por termos facilidades a mais"
Poderemos referir a importância das medalhas olímpicas, para os países, que com uma população inferior à de Portugal 10,4 milhões e duas medalhas, mas que tiveram uma actuação em Pequim bem melhor, a Dinamarca 5,4 milhões e 7 medalhas, Suiça 7,3 milhões e 6 medalhas, Geórgia 4,3 milhões e 6 medalhas, Suécia 8,9 milhões e 5 medalhas e a Noruega 4,4 milhões e 10 medalhas, mas são países com forte vocação para a prática desportiva, com governos que criam condições para que a sua população juvenil tenha uma educação desportiva suficientemente bem trabalhada.
Participámos nos Jogos Olímpicos com atletas em 17 modalidades, que na sua maioria não têm número elevado de atletas de forma a provocar uma maior e qualificada competitividade interna.
No caso do badminton é por demais evidente, que com 1301 atletas filiados na época desportiva de 2007 / 2008, dos quais estão incluídos os jogadores veteranos, seniores C e D, estando a ABRAMA com 344 filiados e ABSM / Açores com 275, mas sem qualquer contacto competitivo com os atletas do continente e da Madeira e que na última época disputaram os Campeonatos Abertos, pontuáveis para os Rankings Nacionais de Seniores / Elites apenas 8 homens e sete senhoras não poderemos ter qualquer ilusão para conseguirmos muito melhores prestações internacionais. Nos clubes, por falta de vários jogadores de alto nível, as sessões de treino são pouco competitivas para os melhores.
No Algarve até temos um caso bem elucidativo, Pedro Martins, o júnior número um da Europa e Alexandre Paixão, 67º do mundo, residem na mesma rua distanciados 50 metros e sendo amigos não treinam juntos, porque os seus clubes não se entendem …
Para concluir e como observação, antes da revolução de 25 de Abril, todas as povoações do país tinham uma igreja e um campo de futebol, 34 anos depois, continuamos com as mesmas igrejas, mas com muitos mais campos de futebol … mas as mentalidades são as mesmas …

1 comentário:

Abcdesporto disse...

Concordo em pleno com o conteúdo do seu artigo, e digo-lhe mais:
Na minha localidade à 15 anos atrás faziam-se campos de futebol de 11, para na actualidade servirem de parque de estacionamento em alturas de festas e romarias da aldeia.
Hoje a politica é igual em cada aldeia emerge um campo de futebol de cinco, mesmo em freguesias cuja população jovem ronda os 0,5 %. Isto não é uma política desportiva bem organizada. É nada mais, que a conjuntura dos tempos modernos. Não há Organização na Politica desportiva, nem tão pouco um estudo das necessidades de cada localidade, de cada população.
Termino com elegios ao artigo postado.
Um abraço ao gestor do Blogue.
Carlos Fernandes